Lei Aldir Blanc permite novos projetos para artistas de Uberlândia

Oficinas e espetáculos podem ser conferidos neste final de semana e também no Youtube

Neste final de semana, a Associação de Teatro de Uberlândia (ATU) irá apresentar oficinas e espetáculos que estão divididos em duas categorias: grupos ou coletivos e solos ou duos. Estes trabalhos foram viabilizados por meio do Edital de Premiação OcupaATU, aberto entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro. Você deve se inscrever pra as oficinas no instagram, algumas estarão disponíveis no canal do Youtube da associação até o dia 17 deste mês. Já os espetáculos serão exibidos entre os dias 10 e 12.

Foto: Instagram

Por conta da pandemia, a arte foi um dos últimos segmentos a retomar as atividades e, aos poucos, após uma maior flexibilização sanitária por causa da Covid-19, a primeira edição do OcupATU acontece de forma híbrida — com as datas presenciais (exceto pelas oficinas já confirmadas, veja no final do texto). Quem não acompanhar ao vivo poderá assistir as performances até 17/12.

Cláudia Miranda, presidente da ATU, afirmou que a possibilidade de usar recursos da Lei Federal nº 14.017/2020, Lei Aldir Blanc, no âmbito do Estado de Minas Gerais, por intermédio de sua Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), mesmo que em um período muito curto, mobilizou a associação no intuito de não perder essa verba e direcioná-la para os artistas da cidade.

“Além das premiações de R$ 6 mil para cada selecionado da categoria um e R$ 2 mil para cada selecionado na categoria dois, também conseguimos uma verba para investir na manutenção do nosso espaço, a antiga Casa da Banda”, explicou Cláudia.

Por conta do caráter de emergência do edital, os curadores tiveram menos de uma semana para selecionar os vencedores. Foram 49 propostas recebidas e, em breve, o público poderá conferir o resultado. Os vencedores poderão realizar seus trabalhos levando alegria, emoção e entretenimento para quem estiver disposto a abrir o seu navegador, seja no computador, tablet ou celular para prestigiar o evento.

A missão da associação é beneficiar artistas da cidade. Vamos fomentar o fazer artístico e fortalecer o crescente movimento de formação de público em território nacional, respeitando as normas vigentes de biossegurança no Município de Uberlândia e do Estado de Minas Gerais até que a pandemia seja um assunto do passado e assim que possível retratada em muitos espetáculos.

Para Cláudia, a lei Aldir Blanc permitiu que milhares de artistas, em todo o Brasil, mantivessem um mínimo de dignidade durante o período em que a classe ficou impedida de trabalhar de forma presencial. “Esses últimos meses ainda reverberarão em muitas produções e nos processos de criação. Aprendemos muito em relação ao comportamento do público nas transmissões on-line, por exemplo. Ao mesmo tempo em que torcemos para nossos teatros estarem lotados. Assim sempre vivemos, nos reerguendo a cada dificuldade”, comentou a presidente da ATU.

Foto: Divulgação

HISTÓRIA

A Associação de Teatro de Uberlândia (ATU) surgiu em 1981 em Uberlândia, cidade do interior mineiro com jeito de cidade grande. Desde então, a cada fase, tem exercido importante papel para a classe artística local, fomentando e viabilizando práticas, principalmente na área do Teatro.

As ações são percebidas na representatividade da classe artística teatral local, na execução de projetos que abrangem apoio a montagens e nas atividades formativas de capacitação e realização de festivais e mostras.

Atualmente, TAU mantém sede na Casa de Experimentações Artísticas, antiga Casa da Banda, espaço cultural na cidade cedido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, possibilitando a utilização do prédio aos grupos e artistas da cidade. No espaço são realizados ensaios, oficinas, apresentações artísticas, reuniões, assembleias e outras atividades.

“Assim contribuímos e incentivamos a produção cultural local. Com a pandemia, vários setores sofreram e ainda sofrem com a diminuição de suas atividades e com a ATU, enquanto instituição cultural, não seria diferente. Mesmo assim, apesar de poucas atividades sendo realizadas no espaço físico em decorrência das orientações necessárias de distanciamento social, a Associação manteve ativa nesse período, mediando iniciativas em prol da sobrevivência dos artistas locais nesse momento de pandemia”, disse a presidente.

A ATU foi apoiadora do Movimento Cultura Luta, em 2020, que surgiu com o objetivo de levantar recursos para auxiliar a cadeia produtiva dos profissionais da cultura na cidade de Uberlândia nesse período tão delicado. No movimento foram arrecadadas quase 700 cestas básicas e foram feitas 21 doações de R$1.070,00 para os profissionais.

E neste ano, celebrando o 40° aniversário da ATU, foi realizada a 7ª Mostra Nacional de Teatro, também com recursos da Lei Aldir Blanc — Estadual e está em fase de produção o FATU — Festival da ATU — com recursos do Fundo Municipal de Cultura — PMIC.

Confira a programação para você se organizar neste final de semana e já preparar a pipoca.

SERVIÇO

O QUE: Mostra OcupATU

QUANDO: 10, 11 e 12 de dezembro

HORÁRIO: a partir das 15h

CANAL: youtube.com/atuteatro

ACESSO LIVRE

SELECIONADOS*

OFICINAS
I
NSCRIÇÕES GRATUITAS — Link na bio @atu.udi no Instagram

10 e 12/12–9h às 12h

Oficina de Direção Teatral com Rafael Michalichem

Local: ATU

14/12–18h às 22h

Iluminação Criativa — Confecção de Equipamentos Luminotécnicos Alternativos com Adriel Parreira (Adrelo Produções)

Local: Rua Natal 827, bairro Brasil, casa 02

13/12–9h às 12h

O que pode — Quilombo Teatro com Geo Dias e Alessandro Terras Altas

Online: o link será enviado aos inscritos um dia antes

EXIBIÇÕES

SEXTA 10/12

“Sobre Meninos” — Breno Ferreira Maia
“Questão de hábito em tempo de isolamento” — Troupe Produções
“Travessia” Fredy Abreu coração
“Fechos” — Aline Salmin
“O contrabaixo” — O Barqueiro Produções
“O Baile” — Cia It

SÁBADO 11/12

“Mudanças no galinheiro, mudam as coisas por inteiro” — Grupo Faz de Conta
“Fagulhas — Desmontagem” — Foco III
“Ato sem palavras — zero” — Cássio Machado
“Sujeito: O som da memória” — Cia Não é o Caso

“Sombras” — Tuany Fagundes/Pareidolia Artes & Artesanias
“PRETUme” — PRETUme

DOMINGO 12/12

“Um conto de amor” — Samuel Gonçalves
“Oh,non! [pequena tragédia açucarada]” — Verônica Bizinoto e Júlia Leão
“Os negros estão aqui” — Rubia Bernasci (Grupo de Teatro Apoteose)
“Sob as penas da Lei” — Rose Martins e Leandro Alves
“V(ENTRE) — Dasduas Cia de Teatro

“Varrida” — Cia Teatro de Guerra
“Infância roubada” — Trupe de Truões

*Em ordem de apresentação

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