Com duas sessões gratuitas, “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes” traz uma homenagem sensível e poética à cantora, com trilha inédita e performances arrebatadoras.
Em 17 de março deste ano, Elis Regina completaria 80 anos. Seu rosto, sua voz, seu jeito e o impacto que causava ao se apresentar seguem vivos na cultura brasileira. Como um furacão criativo, Elis continua inspirando artistas, como o diretor e coreógrafo Diego Pizzarro, criador do espetáculo “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes”, que chega a Uberlândia para duas apresentações, nos dias 12 e 13 de julho, no Cineteatro Nininha Rocha, com entrada gratuita. Os ingressos já estão disponíveis no Sympla.

O projeto é apresentado pelo Coletivo de Estudos em Dança, Somática e Improvisação (Sedai), criado por estudantes do curso de licenciatura em dança e artistas do Distrito Federal em 2012. Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, estreou essa temporada em Salvador (BA), em junho, passou por Belém (PA), no início de julho, e depois de Uberlândia, completa a tour em São Paulo (SP).
Radicado em Brasília, Diego escolheu incluir Uberlândia na rota por ter uma relação afetiva com a cidade, onde já coreografou um espetáculo e onde vive parte de sua família. “É como voltar para casa, e com um projeto muito especial. Eu tinha 14 anos, era aluno da Escola de Teatro de Anápolis, em Goiás, quando ouvi a voz da Elis pela primeira vez. Desde então, são 25 anos de trajetória dedicados à criação desta obra inspirada nessa artista inigualável, atravessando minha graduação, mestrado e doutorado”, conta.
A construção do espetáculo nasce da pesquisa de pós-doutorado de Diego, na qual desenvolve a “Anatomia Corpoética”, um método em que os movimentos surgem como respostas orgânicas e sensíveis ao que se ouve e sente. “É incrível como os tecidos vivos do corpo carregam aspectos físicos, mentais, energéticos, emocionais e espirituais, que nos fazem dançar, vocalizar, brincar e nos comover profundamente”, explica.
A temporada de “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes” foi aprovada em 2018, mas as apresentações previstas para 2020 foram suspensas devido à pandemia, a turnê de apresentação foi realizada em 2023 na capital Federal. Agora, a turnê segue em celebração aos 80 anos de nascimento de Elis, com o desejo de manter vivo seu legado e atualizar sua obra para as novas gerações.
O diretor e sua equipe mergulharam no universo musical da cantora e, por meio de corpos dançantes, transmitem a emoção arrebatadora proporcionada por uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira.
Uma das principais referências para o grupo, além do repertório de Elis, foi a biografia “Elis Regina – Nada Será Como Antes” (2015), de Júlio Maria. “Todos leram, tanto do núcleo criativo quanto da equipe técnica. O foco do espetáculo, claro, é a voz da cantora, e a trilha precisava ser muito especial”, destaca Diego.
O músico português João Lucas, especialista em criação musical para dança, foi convidado para compor a trilha. Ele isolou a voz de Elis e criou uma faixa inédita, do início ao fim, que sustenta toda a atmosfera sonora do espetáculo. Assim, Elis marca presença na cidade de forma inédita e profundamente impactante.
SOBRE ELIS
Nascida em Porto Alegre (RS), em 17 de março de 1945, Elis Regina demonstrou talento desde muito jovem. Aos 12 anos, participou do programa “Clube do Guri”, na Rádio Farroupilha, depois de uma primeira tentativa frustrada aos sete anos, quando ficou nervosa demais para se apresentar.
Na juventude, em meio ao auge da Bossa Nova, destacou-se por seu estilo único e ousado. Ganhou de Vinicius de Moraes o apelido de “Pimentinha”, pela força e intensidade de sua personalidade e voz. Tornou-se um dos maiores nomes dos festivais de música, brilhou na televisão, especialmente no programa “O Fino da Bossa”, ao lado de Jair Rodrigues, e conquistou o país com sua interpretação apaixonada, transitando entre bossa, samba e MPB.
Entre 1961 e 1980, gravou 18 discos e eternizou clássicos como “O Bêbado e a Equilibrista”, “Como Nossos Pais”, “Arrastão” e “Madalena”. Parceira de gigantes como Tom Jobim, Milton Nascimento, Belchior e Chico Buarque, Elis morreu em São Paulo, aos 36 anos, deixando uma obra irretocável e uma legião de fãs.
SERVIÇO
O QUE: Espetáculo “Corpos Estelares e Falsos Brilhantes”
QUEM: Coletivo de Estudos em Dança, Somática e Improvisação (DF)
QUANDO: 12 e 13 de julho (destacar sessão com acessibilidade)
HORÁRIO: a confirmar
LOCAL: Cineteatro Nininha Rocha (Centro Municipal de Cultura)
INGRESSOS: gratuitos, disponíveis no Sympla (inserir link)
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
MAIS INFORMAÇÕES: @cedasidf
FICHA TÉCNICA
Direção Geral, Pesquisa, Concepção E Coreografia: Diego Pizarro | Direção Artística, Preparação Musical E Rítmica: Victória Oliveira |
Assistência De Direção: Sabrina Cunha | Coordenadora Administrativa, Gestão E Produção: Jaqueline Marques | Desenho De Luz E Coordenação Técnica: Ana Quintas | Criação Musical: João Lucas, incluindo releituras de canções interpretadas por Elis Regina, de composições de Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Roberto Carlos/Erasmo Carlos, João Bosco/Aldir Blanc, Edu Lobo/Vinicius de Moraes, Milton Nascimento/Ronaldo Bastos, Milton Nascimento/Fernando Brant e Dante Marchetti/Maurice de Féraudy/Armando Louzada | Cenografia E Figurinos: Roustang Carrilho | Pessoas Dançarinas: Camilla Nyarady, Cleani Calazans, Guilherme Victor, Isabel Oliveira, Romulo Santos | Assessoria De Comunicação: Ona Murka | Assistência De Produção: Dany Cristina | Designer Gráfico: Ricardo Augusto Mendes dos Santos | Foto, Vídeo E Projeção: Tom Lima | Assessoria De Imprensa Local: Adreana Oliveira

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