Quente, mas com muito calor humano, Festival Timbre traz a diversidade musical e faz inclusão com naturalidade

Como eu gosto de me misturar, ver pessoas, conhecer gente nova, reencontrar amigos, fazer novas conexões e viver novas experiências. Como é bom estar no meio de várias tribos, descobrir novos sons e encontrar muitas singularidades. Isso recarrega as minhas energias e me enche de motivação para seguir em frente.

Foto: Rodrigo, Noise Films

O que posso dizer deste segundo dia do Festival Timbre? Um dia muito quente, mas também com muito calor humano, muito acolhimento e muito cuidado. Em meio a correria da produção, entre uma apresentação e outra, sempre pude notar os pequenos gestos que fazem toda a diferença.

 E, desde a chegada, já sabia que seria um dia muito diferente e especial, que me fez reacender um sonho que está um pouco abalado, e me fez perceber que são esses dias culturais com muita arte e uma boa trilha sonora são os momentos em que posso plantar minha semente do melhor modo com empatia, admiração, conhecimento e respeito.

Quando sou repetitivo ao falar que a inclusão é fácil, basta se permitir estar presente e não ter medo e nem vergonha de pedir ajuda, não é da boca pra fora. Teorias e regras funcionam se as pessoas compreenderem que elas podem ser feitas, mas que as mesmas devem ser adaptadas a cada situação. Por isso reafirmo, um sorriso não te da diploma, mas te da acesso a inúmeras possibilidades e a cada evento me permito viver uma nova história.

Foto: Rodrigo, Noise

Animado, já às 11h, para pegar o credenciamento, lá fui eu encontrar os queridos e pacientes Lucas e Flora, errei o portão de acesso e, aí, já encontrei o Fernando Maia, fazia tempo que não nos encontrávamos, mas ele percebeu a distância e foi ao local pegar as nossas credenciais, a minha, do Rodrigo e da Ana.

Foto: Rodrigo, Noise Films

Vocês perceberam a hora que eu cheguei, né? Um sol pra cada um, pra variar, não me preparei com protetor e afins, inclusive ficou evidente mais uma singularidade que não queria admitir, um “pouquinho” calvo. 

Dei uma andada, encontrei o Lucas e a Flora, que esbanjaram paciência, carinho e cuidado conosco. Logo queria saber sobre entrevistas, horários e locais, ansioso, nem um pouco.Tenho que alimentar o Se Manca, é um grande evento, temos que aproveitar, não é mesmo?

Com a primera entrevista agendada, esperei o Rodrigo para entregar a credencial dele e dali ir para a entrevista com Braza, nada mais sugestivo nesse calor. 

O Rodrigo, um amigo de quase 20 anos, e um grande profissional, já demonstrou preocupação comigo por conta do sol, da hidratação e tudo mais que envolve me auxiliar em uma cobertura. Preocupado, correu atrás de protetor, uma sombra e todo resto. Ao mesmo tempo em que cuidava de tudo para realizarmos uma boa entrevista, assim foi feito e você já pode conferir no Youtube

No local de entrevistas, muita resenha e muitas risadas com os amigos da imprensa, todos correndo, mas sempre sobrava um tempo para mais uma história. São momentos muito legais de uma cobertura que não vão pro ar. Fabricio, Beto, Jéssica, Brendhon, Miltinho, Daniel, Felipe e tantos outros companheiros que fazem desse trabalho uma grande festa.

Por lá, vi a Maria Gadú bem de pertinho, realizei entrevistas interessantes com Os Gilssons e os Pattos, que estarão no Se Manca neste domingo. Alguns artistas não falaram com a gente, desta vez, mas haverá outras oportunidades.

Mas você falou do Rodrigo, cadê a Ana? Ela substituiu o Rodrigo, que tinha um outro compromisso no final da noite. Ela  conseguiu acompanhar as apresentações do Criolo e do BaianaSystem. E nós ficamos em um lugar privilegiado, deu até pra tirar uma foto com a Urias.

Gente, outro destaque importante é a presença de uma turma de amigos com uma singularidade auditiva. Reencontrar Fernando, Mariana e tantos outros reunidos acompanhando os shows, por meio do trabalho de Simetria, que além da tradução em Libras, também trabalhou na acessibilidade do evento, belo trabalho. Muito gratificante ver de perto essa diversidade.

Foto: Rodrigo, Noise Films

Um evento inclusivo, com pessoas sensíveis ao outro, que promove a diversidade por meio da pluralidade musical, é para ser registrado e apoiado. Parabéns a todos os profissionais que fazem desse festival um exemplo de entretenimento e humanidade.

Ah, mas você quer saber dos shows, né? Pontuais e cheios de energia. Podemos falar que o Criolo levantou a massa e era o show mais esperado da noite. Em sua apresentação, teve de protesto político a pedido de casamento, só não sabemos se a Julia aceitou. 

BaianaSystem não ficou atrás, com várias batidas e muitas influências regionais, eles fizeram o público entrar nessa diversificada variedade de ritmos, todos derivados  da música brasileira, sem contar a energia contagiante que eles empregam no palco.

Urias deixou sua marca, o poder da sua voz e a sua representatividade. Braza, por sua vez, promoveu a mistura entre reggae, pop, rock, eletrônico e o funk, fazendo um show que trouxe alguns sucessos e animou a galera no começo da tarde.

Foto: Rodrigo, Noise Films

Ainda teve Maria Gadú com as suas marcas, misturando um repertório autoral, que já conquistou vários fãs, e várias releituras. Por Fim, vamos falar que não temos queixas e só agradecemos aos Gilssons. Grupo que tem DNA, mas quer trilhar o próprio caminho, mas eles compreendem e sabem o quanto a fonte é parte da essência de cada um deles.

A minha expectativa para este domingo é a melhor possível, recomendo. Quem puder ir, vá!

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