A casa do Manso Festival estava diferente, em pouco mais de um mês depois da primeira edição, a Oficinal Cultural ganhou uma nova decoração com o palco e as luzes sendo colocados na entrada e a praça de alimentação indo para o fundo da festa.

Esse novo layout ficou muito melhor, parecia que o local estava maior e, de certa forma, mais preparado para uma noite mágica, na qual o público foi chegando cedo e se acomodando em frente ao sofá. Com a sua canga ou na cadeira, como foi o meu caso, as pessoas perceberam que o festival estava com uma energia poderosa. Com dança, músicas e muitas conexões, trazendo um clima de sarau e muito aconchego.
Tudo preparado com muito carinho e muito amor. Quem abriu a festa para ajudar a galera a se acomodar foi a DJ Mari Cunha. A jovem se divertiu, dançou e animou o público com clássicos da MPB, tocados com muito charme.
A hora dos shows estava se aproximando, quando subiu no palco mais uma novidade desta edição, Matheus Borsato teve a companhia de Jéssica Kieer na apresentação. A dupla mandou muito bem e segurou a energia lá em cima. Eles brincaram e conversaram com a plateia para mostrar o que vinha a seguir.
Afinal, tínhamos que estar atentos e de ouvidos bem abertos para nos permitir a descoberta de novos sons. E, assim foi feito. Público animado, no entanto bem quietinho para ouvir a primeira atração da noite.
De cara, Vito, que é de Tupaciguara, trouxe a essência e a importância deste festival. O jovem estava emocionado e extremamente feliz em mostrar, pela primeira vez, a sua arte e a sua verdade para o público.
O artista compartilhou esse sentimento com a plateia e antes de cada música, Vito contava a sua história. Podemos dizer que os amores e as emoções que eles provocam ditam o seu repertório, mas não só de amor vive o vocalista, o teatro e as suas experiências no palco tem muito das suas composições.
Vito, você arrasou, foi maravilhoso acompanhar você vencendo a timidez e não disfarçando aquele famoso frio na barriga, muito natural para a primeira vez, foi ótimo. Agora é se acostumar com a plateia, você vai longe!
Depois desse jeitinho tímido que conquistou o público, a noite reservou mais uma surpresa, fora do cronograma, Lucão Manolo e Hamilton Faria, músico reconhecido por diversas composições e por fazer parte da formação clássico do Só Pra Contrariar, mostraram um trabalho instrumental belíssimo, com canções recém-criadas. Teve um momento em que eles tiveram que relembrar a melodia, pois a harmonia tinha sido elaborada na tarde desta quarta-feira (23).
O Manso Festival é para todas as tribos e todos os sons, em uma noite tivemos o eletrônico, o instrumental e o carisma e o talento da nova geração representada por Vito. Bom demais, não é? Calma, ainda tínhamos coisas para descobrir.
Fiquei encantado com a viola e o cheiro da natureza das músicas do duo Sinhô Passarim & Flor Bunita que jeito diferente de enxergar as emoções e cantar o amor. Muito dessas composições são frutos do relacionamento da dupla também fora dos palcos, Foi muito lindo!
Com essa diversidade e energia, era chegada a vez da grande atração desta segunda edição. Paulo Novaes, o que dizer desse artista? Só posso pedir, ouçam! Um artista que canta a vida e todas as suas experiências. Podendo externar a sua emoção, ao mesmo tempo, sendo capaz de olhar com sensibilidade o mundo e trazer a sua visão bem humana para todas as histórias que está ou é inserido.
Paulo Novaes é um artista experiente, mas que ainda tem muita estrada. Começando a sua vida artística desde o berço, mas se encontrando aos 11 anos. Muito dessa construção, você verá no Se Manca em breve!
O artista, que é o presente e o futuro da Música Popular Brasileira, conquista a todos com a sua simplicidade e a forma natural em que vê a vida de um artista. E, desse jeito, se misturando, vivendo, conversando, aprendendo e se permitindo conhecer o novo, ele cresce.
E, essa sensibilidade em enxergar a beleza ao seu redor, o dono da noite, abriu espaço para uma estrela de Uberlândia brilhar. No sofá, ele dividiu os vocais com a nossa Laura Rogalli, maravilhoso!
Paulo continue essa estrada e germinando essa semente, pois a vida é composta de tudo que você sente, vê, compõe e canta. Sempre em movimento e se transformando, porém nessa estrada, saiba, você encontra e faz novos amigos que aprendem com você que a vida é linda!
Já vou fazer um pedido, volte!
Que noite maravilhosa e transformadora, só agradeço ao Manso Festival por essa experiência! Ansioso para a terceira edição.

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