Triangulice une histórias e proporciona encontros e reencontros com uma trilha sonora de qualidade

Quem me conhece sabe, deixo tudo para última hora. Esse final de semana aconteceu a quarta edição do Triangulice, todos já sabiam que os dias 29 e 30 seriam de trânsito intenso entre Araguari e Uberlândia. Afinal, o festival reunia uma diversidade musical incrível, proporcionando que os amantes da boa música pudessem curtir do trash metal a MPB no mesmo ambiente.

Sabendo disso, acabei enrolando e deixando para procurar carona no dia do evento, resultado não pude conferir ofestival no sábado. Porém, no domingo, fui salvo por uma mensagem da querida Cris, que me ofereceu carona e podemos, juntos, conferir grandes shows, na noite deste domingo (30). Tenho que deixar nesse texto minha gratidão a ela por esse momento, quem tem amigo tem tudo!

Chegando lá, nós encontramos grandes amigos, fomos recebidos pela Michele e a anfitriã e parceira Raquel Costa, ficamos conhecendo novos companheiros de imprensa e reencontrando amigos de longa de data, já se sabia que a noite seria agradável.

Nós chegamos, encontramos o Charles da Gama, vocalista do Black Pantera, sentado no meio fio, conversando sobre o show que acabara de fazer. Infelizmente, não pudemos acompanhar, mas pelo relato, os caras quebraram tudo. Eles deixam no palco a energia, aliada a uma luta em forma de poesia. Charles contou que o grupo continua uma luta de muitas pessoas e que depois deles virão outros, fato é que eles são diretos e colocam o dedo, escancarando o tanto que a nossa sociedade ainda precisa evoluir.

Enquanto isso, no palco, os queridos e talentosos da Pássaro Vivo apresentavam as músicas do seu mais recente trabalho. Cris e eu fomos para a sala de imprensa, onde em meio a correria, conseguimos colher ótimas histórias do Planta e Raíz, que na vibe boa, falaram do novo show acústico no qual celebram 25 anos de estrada, da paixão por esta arte desde criança que todos têm e que a positividade é algo que todos carregam naturalmente.

No palco, eles mostram suas influências e a história deles esse novo show, animando o público que lotava o Palácio dos Ferroviários. O reggae que curtia atrás do palco me levou a conhecer Netinho Piassa, que subiu no palco horas antes, certamente cantou e contou uma das histórias mais bonitas da história do Triangulice.

O terapeuta, atualmente, subiu no palco, após 14 anos, para homenagear o irmão Tito Rios. Já senti a emoção dele ao conversar comigo, somente quem presenciou esse momento maravilhoso poderá descrever a emoção do artista. Netinho veio ao meu encontro por algum motivo e a sensibilidade dele me tocou. Esse encontro já fazia a noite valer a pena. O vocalista se uniu a vários artistas da cidade para celebrar o legado e deixar a semente de Tito ainda mais viva. Tito faz parte da história do festival, ao mesmo tempo em que a sua obra ajudou a desenvolver a música independente na região.

Recarregados e com algumas histórias para contar, era chegada a hora de rever um grande show e o maior nome da noite. Alceu Valença é um artista nato e, se eu chegar aos 77 anos nesse pique, irei agradecer demais. Sucessos e muita energia para levantar a multidão, que já estava cansada após horas em pé, fizeram da apresentação do pernambucano uma grande festa. Iluminado por luzes de celulares e embalados pelo ritmo que só Alceu tem, o público se encantou com um homem que bebe a arte desde a infância e faz do palco a sua casa.

Esta edição do Triangulice foi de muitas emoções e vários momentos que estão guardados com muito carinho. Cris e Michele, muito obrigado pela oportunidade. Essas histórias alimentam o meu sonho de continuar contando histórias, de um jeito singular.

Seja na vibe do Planta e Raiz ou na força do Black Pantera, a vida  são momentos e construída ao lado de pessoas que lhe ajudam a deixar os seus melhores frutos.

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