O meu último texto do ano teria que ser sobre teatro, esta arte que sou apaixonado e que a cada noite me traz novos aprendizados e novas experiências.
Este ano, me emocionei com musicais, dramas e também me diverti muito com comédias engraçadíssimas, mas também teve momentos em que deixei a minha imaginação correr solta em alguns espetáculos infantis.
Foram momentos de extrema alegria, que independente do gênero, me proporcionaram reflexões que me ajudaram a questionar e a buscar conhecimento.
Nesse texto, vamos passear um pouco pelo belo trabalho realizado pela equipe, liderada por Carlos Guimarães, da produtora Uberlândia Na Rota do Teatro.
O resultado foi um ano de muitas emoções e a contabilização de mais de 14 mil pessoas que prestigiaram os espetáculos além de dezenas de apoiadores que colaboram pra que eles fossem viabilizados.
E ainda, a importante contribuição na formação cultural de jovens de institutos sociais, escolas públicas e estudantes de dança, de música e de teatro, que puderam desfrutar da magia do teatro, por meio de ações sociais.
O que vimos por aqui
Em fevereiro, a peça “Love, Love Love”, com Debora Falabela, Yara de Novaes, Alexandre Cioletti, Eric Lenate e Mateus Monteiro, o espetáculo trouxe o amor em conflito entre as gerações. Com contextos densos e uma leitura leve.
“O Pior de Mim”, com Maitê Proença, no mês de abril. O monólogo mostrou a força e a coragem da atriz de contar a sua história cheia de conflitos, transformações e muito drama.
Em junho, o choque da “Cura” na contraposição entre a ciência e a fé, com a Cia de Dança Deborah Colker. Simplesmente, lindo!
Na sequência, o universo infantil de “O Aviador e o Príncipe”.
No mesmo mês, Gal Costa trouxe seu repertório com As várias Pontas De Uma Estrela. Uma das últimas apresentações da cantora. Em um espetáculo lindo e cheio de detalhes. A artista deixou seu brilho intenso no palco do Teatro Municipal.
No mês seguinte, em julho, a elegância e toda a beleza de Paulinho da Viola, que acompanhado pelos filhos, transformou o palco do teatro em uma alegre, nostálgica e emocionante roda de samba.
Em agosto dois grandes espetáculos: o universo do caos das personagens de Clarice Lispector, na visceral encenação e musicalidade de Laila Garin, Leo Migiorin e Claudia Ventura, em “A Hora Da Estrela– O Canto De Macabéa.
Danilo Caymmi passou pela cidade relatando histórias e apresentando as músicas de seu pai, Dorival, em “Viva Caymmi”, além do repertório de Dorival, a noite foi uma viagem a Bahia e ao Rio de Janeiro, com muitas histórias e diversos nomes da nossa Música Popular Brasileira (MPB) homenageados.
Em setembro, a mensagem de esperança e jovialidade madura com Edwin Luisi e Arlete Salles, seu filho e seu neto em “Ninguém Dirá Que É Tarde Demais”, um alerta de respeito ao tempo que todos atravessam.
Pouco depois, em outubro, a diversão e esperança chegaram por aqui na comédia inteligente e emocionante de Mariana Xavier, uma atriz talentosa e generosa, em “Antes Do Ano Que Vem”
Em novembro um pouco da trajetória de um grande artista brasileiro e seus musicais que nos leva a uma viagem a Broadway. Claudio Botelho e sua convidada Malu Rodrigues encantaram e soltaram a voz em “Cole Porter E Os Grandes Musicais”.
E, por fim, para fechar o ano com chave de ouro, toda a exuberância técnica e criativa do Grupo Corpo, simplesmente a melhor companhia de dança do país e uma das mais importantes do planeta. Magnífico!! Com dois espetáculos “Primavera” e “21”.
Para o início do próximo ano, o produtor chega com novidades. Junto com a Associação dos Profissionais da Dança de Uberlândia (APDU), eles articulam a realização do Festival de Dança do Triângulo, que retorna com força total no mês de julho, tão intenso como era nos anos de 1990.
Guimarães promete grandes surpresas e pretende prosseguir com sua agenda recheada de espetáculos e muita cultura, e que venha 2023!
Igor Castanheira 
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