Arraial inclusivo tem casa lotada em Uberlândia

Eu estou muito feliz! Muito bom acompanhar e prestigiar um evento inclusivo. Valeu demais! O meu primeiro arraial do mês foi mais do que especial. Eu estava ansioso para ver de perto um show com tradução em Libras. Ainda mais um tributo a Secos & Molhados. Ao mesmo tempo em que estava na expectativa da apresentação da banda Pássaro Vivo, também estava apreensivo para saber a aceitação da comunidade surda para este evento.  

Foto: Igor Castanheira

Mas logo que cheguei, já percebi um ambiente diferente e encontrei vários amigos e colegas surdos na festa. O Matheus, meu amigo, esperava a chegada de muitos da comunidade surda e com o passar do tempo, essa expectativa se confirmou.

Eu que não sei falar Libras me virava no gestual, tentava falar pausado para a leitura labial e, de um jeito ou de outro, consegui me comunicar e me divertir. É muito interessante participar dessa interação e aprender um pouco mais sobre esse universo tão lindo. Eles dançavam e faziam filas enormes para comprar cerveja.

Era muito legal ver o empenho das pessoas em compreender algo novo pra elas e, em contra partida, a comunidade surda ensinava os princípios da comunicação em Libras. Muita paciência e bom humor foi o que vimos nos bares e na portaria. Todos que foram ao arraial se divertiram e aprenderam muito, uma festa que uniu música, cultura e inclusão. Um sucesso que resultou em casa cheia, isso é maravilhoso!

Foto: Igor Castanheira

A galera em festa e na expectativa para a apresentação da banda Pássaro Vivo, que estará no canal Se Manca nesta terça-feira (7), às 9h. O show deste sábado (4) foi uma homenagem aos Secos & Molhados. O grupo de Patos de Minas animou e empolgou o público com a sua energia, com o seu ritmo e seu talento. Quem não conhecia a banda ficou fã. Rolavam muitas brincadeiras, entre uma música e outra, pessoas achavam ao ver a introdução da música que eles, uma hora,  iriam tocar Pink Floyd. Uma influência, mas eles não tocaram nenhuma canção do grupo liderado por Roger Waters. Eles fizeram seu tributo à banda brasileira e também levantaram o pessoal com canções do primeiro álbum. O segundo chega em julho.

Quem também integrou a banda neste sábado e foi contagiado por essa energia foi Ricardo, responsável pela tradução em Libras. Ele foi fantástico! Encenava, foi um verdadeiro artista e, com certeza, conseguiu transmitir toda a emoção e empolgação da banda e do público a todos, o que lhe rendeu muitos aplausos. Conversei com ele antes da apresentação. Ricardo já está acostumado a fazer este trabalho. Ele gosta e também sabe da importância que o mesmo tem. Eu acreditava que a preparação era difícil, mas ele disse que não é. Para o show, deste sábado, o interprete estudou dois dias, logicamente ele tinha o setlist. Belo trabalho Ricardo, parabéns!

Foto: Igor Castanheira

Mas a festa não teve somente o tributo à banda liderada por Ney Matogrosso, o dia também reservou o belo forró instrumental do Baião In Groove que tocou grandes sucessos populares e fez muita gente arrastar o pé. Além dos Djs  Lu de Laurentiz e Philipim, este  fundador do grupo Baião In Groove. O músico e Dj desceu do palco e já foi animar a noite, preparando o público para a atração principal da festa.

Foi um dia muito especial para mim. Parabenizo a toda à produção do evento por essa iniciativa e como é bom ver a diversidade misturada, se conhecendo, se divertindo e compartilhando ensinamentos.

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