Deborah Colker traz para Uberlândia espetáculo visceral e orgânico

A beleza da dança e o poder da linguagem corporal estão presentes no espetáculo “Cura”. Podemos acompanhar toda essa força da arte nos dias um e dois de junho no Teatro Municipal de Uberlândia, garanta o seu ingresso no site e tenha certeza que os movimentos e a música irão lhe transportar para o palco e farão você refletir sobre a sociedade, nós como indivíduos e nossos processo de cura.

Foto: Divulgação

Criado pela coreógrafa Deborah Colker, o espetáculo busca mostrar que podemos modificar a nossa sociedade e a nós mesmos se quisermos encontrar a cura para o que nos impede de evoluir. Para o quadro “Arte Em Um Minuto”, a coreografa conta que “Cura” faz uma ponte entre a ciência e a fé. E traz para o palco as diferentes culturas e saberes de povos, mostrando a diversidade o humana e buscando o equilíbrio entre a necessidade de evolução social e a preservação do que há de melhor no ser humano. Para isso temos o dever de nos curar e transformar o que nos fere.

O espetáculo abre espaço para as dualidades. O grito e o silêncio. A luta e a aceitação. A fé e a ciência. A vida e a morte. “Cura”, segundo Deborah, é um espetáculo muito visceral e orgânico, onde ela se expõe “em carne viva”, demonstrando suas emoções, sentimentos, experiências junto aos seus pensamentos e inquietações. Já em termos estéticos e de movimentação, a coreógrafa procurou misturar estilos e origens de dança.

Para desenvolver a dramaturgia da peça, a coreógrafa chamou o rabino Nilton Bonder, autor de, entre outros livros, A Alma Imoral. Do autor, por exemplo, veio a afirmação de que “a grande cura é a morte”. E isso motivou uma coreografia com dois bailarinos dançando ao som de You Want It Darker, de Leonard Cohen. Já Carlinhos Brown é o responsável pela trilha sonora original do espetáculo. O artista, inclusive, considera esse um trabalho profundo, um “chamado”. Ele canta em português, ioruba e até em aramaico.

Além de Brown, os 14 bailarinos que estarão em cena também cantam, em hebraico e em línguas africanas — um movimento inédito dentro dos 29 anos de história da companhia que leva o nome da própria Deborah. Dentro deste cenário, com muitas referências e histórias, concebido na alma da coreógrafa, extrapolam para o palco diversos personagens, que contam essa trajetória em busca da cura.

 Transmitir algo tão forte através da dança é algo muito poderoso e belo, onde as palavras dão lugar aos detalhes e a visão e a audição tendem a ficar completamente hipnotizadas para acompanhar a intensidade de uma obra que irá nos encantar e nos fazer refletir.

Deixe um comentário

Blog no WordPress.com.

Acima ↑