Os sonhos morrem ou se transformam? Mais uma vez, uma resposta difícil. Estou aqui, aos 33 anos, me conhecendo ou, melhor me descobrindo. Feliz, porém, sem saber por onde começar. Isso porque não sei se desisti do que queria ou, simplesmente, um sinal de fraqueza.

Por que esse sentimento de dúvida? Pode ser um sinal que cansei de remar contra a maré. Cansei de tentar lutar contra o fluxo natural das coisas e, realmente, tenha que me encaixar no que todos acreditam. Talvez, minha teimosia nunca me deixou enxergar que a “normalidade” pode me fazer feliz.
Por outro lado, essa luta para me destacar, sempre fazendo algo que não é comum para alguém na minha condição, me proporcionou muitas felicidades, me fez construir fortes laços de amizades e a viver experiências fantásticas.
Será que tem como ter os dois? Essa contradição está me deixando pensativo e, para falar a verdade, com medo. Pois, nessa minha constante busca por evolução, posso ter desenterrado, literalmente, algo que já pensava, há muito tempo, ter superado. De fato, eu me amo? Me admiro? E me aceito? Hoje, não sei responder, apesar de acreditar que estou no caminho certo. Trazer à tona uma questão tão pessoal em um texto, já é um sinal de mudança que pode indicar um novo caminho a seguir.
No entanto, pode ser apenas um lapso de alguém que acordou um pouco cheio de tentar achar respostas e resolveu escrever para tentar colocar para fora esse momento de incerteza.

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